No dia 01 de maio de 2011 a trupe de A GANGORRA esteve em Porto Alegre no Rio Grande do Sul para participar da Conferência “O Homem sem raízes criou asas” com Fernando Arrabal e mediação de Wilson Coelho no 6º Festival Palco Giratório Sesc. Estar próximo e conhecer as ideias de um dos dramaturgos mais encenados atualmente foi uma experiência motivadora para o grupo A Gangorra que está em fase de ensaio de um de seus textos: Fando e Lis. Esse texto é uma obra maravilhosa e perturbadora e que já rendeu diversas e acaloradas discussões no grupo. Os dois personagens, Fando e Lis, vão em direção a Tar acreditando que aí encontrarão a felicidade. Nesse percurso encontram os enigmáticos homens do guarda-chuva: Namur, Mitaro e Toso. Assim como Fando e Lis somos peregrinos, órfãos e sem abrigo, «sem deus nem senhor», vagueamos perdidos pela estrada que leva a Tar, acreditando que aí encontraremos finalmente a felicidade – que é o mesmo que dizer: a revolução que libertará das dores, amarras e violência. Mas voltam sempre ao mesmo descampado deserto, sem sequer a consciência de que o que nos afasta de Tar não é uma distância geográfica, mas as dores, amarras e violência que carregamos conosco. Não somos nem bons nem maus: apenas muito humanamente inconscientes de nós, dos outros e do mundo, adultos-meninos desenraizados e entregues a uma doce irresponsabilidade, subjugados pela obscuridade das pulsões, dos recalcamentos, dos silêncios e do ruído que não nos deixa ouvir o coração. Custa-nos a peregrinação para Tar – e talvez até desistíssemos dela, não fosse um vago vislumbre que nos guia, sussurrando: «Não desistas, estás sempre à beira de lá chegar.» E nunca lá chegamos, porque, estando lá, achamos que Tar é sempre mais além, naquele lugar inalcançável onde só sabemos que corre um rio e tudo é possível. São sentimentos que encenados, como obra de arte, também expõem os nossos sentimentos que são tão contemporâneos a todos nós.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Comentários sobre A Gangorra Teatral
Adorei o nome: A Gangorra! Lúdico, sugere brincar com o equilíbrio, com a troca de lugar, com a possibilidade de dar a vez ao outro, de jogar com o outro, pois na Gangorra não se brinca sozinho. Foi isso que encontrei naquela deliciosa tarde de domingo: a praça (lugar de todos) e nós, platéia e elenco, mergulhados no clima criado pela trilha sonora, brincando na "gangorra cênica" proposta pelo grupo. A disponibilidade dos corpos em movimento lembrou, com saudosismo, os bons tempos de manifestações artísticas mais espontâneas e tão saudáveis. Por isso, ao grupo, todo o meu apoio e carinho.
Zica Stockmans
Atriz e Diretora de Teatro / Tem Gente Teatrando
_______________________________________________________Assistir ao espetáculo A Gangorra ao entardecer de um domingo foi pura magia. Ver aqueles corpos abandonando-se, sentindo-os soltos, ao som de ritmos especiais, fez com que minha alma voasse livre, para “além de todos os jardins”.
Não se preocupem com questões (técnica, exercícios, etc), que assumem importância mínima diante da maravilha que provocam.
Continuem dessa forma, pois conseguiram que, em plena praça, sonhar seja possível .
Parabéns meninada (sim, porque fazer arte da forma que vocês fizeram é sempre graça de meninada, por mais idade que tenham). Vocês tiveram o poder de fazer de mim uma pessoa muito feliz naqueles momentos inesquecíveis.
Beijo carinhoso a todos.
Marilene Caon Pieruccini
Escritora, secretária da Academia Caxiense de Letras e membro do Conselho Municipal de Cultura.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
A Gangorra já em movimento
Fotografias realizadas durante as três intervenções teatrais no dia 03 de abril de 2011 na Praça Dante Alighieri em Caxias do Sul. Os click's são de Fernando Macedo Machado. Agradecemos à todos que estiveram na Praça e nos prestigiaram, aos colaboradores e à imprensa. Contamos com o apoio do Centro Espírita Estrela do Amanhã. Agradecimos à Jane Collet, Cristina Nora Calcagnotto, Magali Quadros, José do caminhão e ao seu Luiz da garagem.
Fazem parte da A Gangorra Teatral: Adriano Richardi, Alexsander Carniel, Marco Felipo, Mauro Copetti, Miguel Beltrami e Sílvia Lazzaretti. Sonoplastia de Adriana Rauber. Contra-regragem de Fernando Macedo Machado.
Fazem parte da A Gangorra Teatral: Adriano Richardi, Alexsander Carniel, Marco Felipo, Mauro Copetti, Miguel Beltrami e Sílvia Lazzaretti. Sonoplastia de Adriana Rauber. Contra-regragem de Fernando Macedo Machado.
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
A GANGORRA TEATRAL
O grupo de teatro A Gangorra fará intervenções teatrais dia 27 de março de 2011 na Praça Dante Alighieri de Caxias do Sul - RS com apresentações às 16h, 17h e 18h. A iniciativa visa comemorar o Dia Internacional do Teatro, festejado nessa data e, apresentar esse novo grupo de teatro à cidade. (Em caso de chuva o evento será transferido para o próximo domingo – dia 3 de abril de 2011.)
Cada intervenção tem duração aproximada de 25min. A apresentação consiste em dois momentos distintos: partitura de atividades cotidianas e improvisações.
Na partitura, mostramos atividades cotidianas (ler, lavar o chão, coçar, comer, lavar-se) sendo repetidas continuamente de forma que, automatizam-se. É uma crítica a maneira acelerada e inconsciente de realizamos atividades sem a percepção humana sensível. Essas atividades ganham, de certa forma, conotações sem sentido. Fica como questionamento, não apenas, até que ponto nossas atividades repetidas nos desumanizam, mas também se estamos ou não conscientes disso. Ao não percebermos ações e atitudes, podemos estar construindo um mundo muito mais bárbaro do que imaginamos. Nós, sujeitos histórico-sociais, talvez estejamos seguindo rumo a nossa própria destruição.
A outra parte da apresentação é a realização de um jogo de improvisação entre os atores a partir de um estímulo sonoro. A cena é criada de forma espontânea no calor da ação. É no “aqui e agora” que surgem cenas com caráter concreto ou abstrato. É um jogo estimulante onde ações inesperadas surgem e são resolvidas ali mesmo com ênfase no movimento corporal ao invés da fala. É um jogo de emoções e sentimentos que, trabalhados teatralmente, são transmitidos ao público: alegrias, tristezas, surpresas, desentendimentos, amores, medos. Pelos materiais de atuação não serem constituídos previamente por um personagem, rede semântica (história), os atores apóiam-se nas suas qualidades expressivas. Sendo assim, determinados processos subjetivos serão necessariamente evocados fazendo com que, de certa forma, a criação tornar-se-á mais “autoral”. Esse momento da apresentação será único a cada intervenção, ou seja, não se repetirá como a parte anterior. Essa parte da apresentação é muito divertida e dinâmica.
Mesmo que esses dois momentos da apresentação (um estruturado e automatizado, o outro, um jogo espontâneo) sejam distintos, eles acabam por complementarem-se, pois cada um intensifica a ideia o outro.
A Gangorra conta com 6 integrantes que somaram experiências para formar o grupo. Com encontros desde o início de 2010 o grupo vem pesquisando a linguagem teatral e o comprometimento do trabalho em equipe. Essa intervenção em comemoração ao Dia Internacional do Teatro levará à Praça uma parte do que estamos desenvolvendo no grupo e do que pensamos sobre teatro, mais especificamente do jogo do ator quando em cena e de seus processos criativos individuais e colaborativos. Acreditamos também que essa intervenção nos fortalecerá como grupo à medida que poderemos trocar experiências com quem nos é essencial, o público. Queremos encontrá-lo e compartilhar com ele emocionantes momentos. Como é o teatro, também é a gangorra - só funcionando com a integração de atores e platéia que, mesmo em lados distintos, são participantes do mesmo jogo.
Fica o nosso convite para que todos venham assistir A Gangorra Teatral. Aproveite o passe livre do transporte coletivo, passeie na praça e seja o nosso convidado por 25 minutos. Nós, do Grupo de Teatro A Gangorra, ficaremos contentes com a participação de todos nesse evento comemorativo ao Dia Internacional do Teatro em nossa cidade. Encontre-nos e faça parte dessa gangorra teatral. E viva o teatro!
quarta-feira, 2 de março de 2011
A GANGORRA
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